Barulinho

domingo, 5 de agosto de 2007

... Quando chego além, e os pés não tocam mais o chão. É a loucura que faz, o cara dar um tiro na cabeça. Atravessei a rua com meu passo tímido, subi na construção como se fosse máquina e agora eu era herói e o meu cavalo só falava inglês. Fui juíz supremo, tive medo e não consegui dormir.
Quando foi que competimos pela primeira vez? O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe.
... Atravessei a rua com meu passo bêbado, subi na construção como se fosse sólida. Tijolo com tijolo num desenho lógico. Sou um animal sentimental, me apego facilmente ao que desperta o meu desejo. É isso aí. Tropecei no céu como se ouvisse música.
... A minha vida, eu preciso mudar todo dia. Todo dia...

Quando somos reflexos, trechos, espaços. Um aglomerado, informação em cima de informação. quero que o rosa cegue meus olhos. Eu já não sei mais aonde eu estou. E o ar me faz levitar, suar, chorar. Será que o novo é tão assustador assim? É, pode ser. Eu tenho medo, medo do maravilhoso que se faz igual à mim. Por que temos a mania de achar que não é certo para nós? Achamos que é demais, que não somos capazes? Eu quero deitar... Desculpem-me pela minha falta de sentido ou mesmo pela minha divagação. Eu não estou pessimista, não estou desacreditando. Eu tenho medo, medo, medo. Isso não é chantagem, eu tenho medo. E eu não quero pena, eu não sei o que eu quero. Meu corpo se faz dormente, meu coração bate lento, e estou chorando mas nenhuma lágrima cái. Eu quero um abraço, talvez eu queira o escuro. Já não sei... não sei... Eu quero que essa sensação de perda passe.

Vem depressa pra mim que eu não sei te esperar, já fizemos promessas demais... Já me acostumei, com a tua voz.. Quando estou contigo, estou em paz.

Um comentário:

@sourainha disse...

Medo. Um dos piores males mas talvez nosso maior amigo. Culpados somos nós quando não buscamos seu equilibrio.