Barulinho

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.



___ Ouvir, críticas, ou, o que acham de você, principalmente quando perguntas algo, pode não ser algo agradável aos ouvidos. Certa vez, ao falar que precisava me informar mais sobre as coisas do dia à dia, como acidentes, política, baixa do dolar, invasão do MST, responderam imediatamente que eu realmente precisava. E aquilo me assustou, afinal, é aquelas coisas que se diz por desdém e quando acha que é realmente verdade, não lhe causa uma boa surpresa. Logo após horas de reflexão, aquilo não me saia do pensando, então, decidi perguntar à minha mãe, com esperança que ela discordasse da pessoa que disse que eu, vivia no meu mundinho particular. Porém, ela concordou. Dando adendos de que eu sou egocêntrica, que eu reclamo de coisas que eu também faço, digamos, resumindo, hipócrita.

""egocêntrico", descobrimos que "ego" vem do latim e significa "eu"; "egocêntrico", portanto, significa aquele que centraliza tudo no eu, ou melhor, em si mesmo.


rÁ! esta é a definição de egocêntrico, que segundo minha cara mamãe, que pediu para que eu não ficasse com raiva pois era apenas um comentário (não evitando a minha raiva), me chamou de egocêntrica.


___ Mas, ainda sim, não consigo achar que ela favoreceu o lado dela no exemplo que deu. Não sei, as mães possuem o terrível vício de se colocar acima do bem e do mal quando a situação significa educar os filhos.


Então, será que eu vivo no meu mundinho particular, sendo hipócrita e afins?





Eu não gosto de Jornal Nacional, desculpa odeio a imprensa tendenciosa.



Mirella Scarlati.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008


Oi


Os dias, estão sendo maravilhosos, perfeitos, divinos. Diria eu, digo, na verdade, que nunca tive dias tão perfeitos com alguém tão perto de mim, e isso me faz feliz, ao extremo.

... porém, algo me deixa meio inquieta no final da noite ...


Acho, que existe uma deficiência no meu relacionamento, não com ele, com a minha mãe. Já sentiram como se houvesse um abismo imenso entre vocês? como se ela deixasse de ser o seu porto seguro? você começou a caminhar sozinho. Ela não te trata mais como a criança pequenina, como a adolescente em crise, você virou um adulto, dono das suas opiniões, e agora, pode escutar as dela e ter de lidar, com uma única diferença, ela lida de igual pra igual, mas você nunca pode julgá-la de igual pra igual.


Eu não tenho síndrome de Peter Pan, eu sei que chegou a hora de encarar, de lidar com a distância de alguns amigos, e de lidar com a naturalidade que a vida leva as pessoas para outros caminhos, eu estou lutando para conseguir encarar numa boa, transformar o momento difícil para uma coisa mais fácil de se tratar...


Mas confesso, que essa coisa de igual pra igual com a pessoa que eu mais amo na minha vida, não vem sendo a melhor coisa, agora, na minha opinião por uma prepotência, por eu ver os erros dela, mamãe anda se defendendo... e eu estou aqui pensando, sériamente, se estou errando em algum lugar nessa história toda. Às vezes eu queria ir dormir com ela como eu fazia antigamente, como eu achava comum porque só perto dela eu me sentia segura...

mas eu olho pra porta ao lado do meu quarto e sei, que eu tenho de estar pronta, pro novo caminho que eu vou traçar com o apoio dela, mas sozinha.



iluminados são aqueles que esquecem, não notam, eu não consigo não notar, tudo isso...


Mirella Scarlati [Em um momento diário novamente]

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008


Hey Jude...


Enfim, enfim, final de ano (Não, pra mim ainda não é um ano novo, já que, as aulas não começaram)!


Bem, Pois bem, estamos cá de novo! Vivendo, levando, olhando, andando, seguindo... e todos os verbos conjugados de tal maneira indicando alguma ação que seja compatível com a situação.

Mas eu me pergunto, Jude, será que de alguma maneira, quando não cedemos estamos prejudicando o próximo? Fico pensando, se é certo. Jude, por favor, não me venha com o meio-termo, ele não se encaixa nessa discussão e você sabe. Eu estou lhe dizendo das horas que se faz necessário dar uns berro, gritar mesmo, levantar a mão e falar "sou mais eu" e tudo mais e tudo mais... Esses dias eu fiz algo do tipo, eu levantei, dei uns berro, falei que eu mais eu, e que não abria mão, do que eu pensava, do que eu achava, do que eu era. Talvez, o meu amor próprio tenha ferido o amor próprio de outra pessoa, e acho que "acabei" com uma relação. Por não ceder algo, na verdade, não ceder espaço à uma pessoa que não tinha nem 2 meses na minha vida "efetivamente", o "marido" da minha mãe. Jude, ele não concorda que amigos homens durmam na minha casa, ok, amigos gays. Porém Jude, eu pensei.. "Mas pra que raios você tem que concordar ou não? não sou tua filha, se eu estou transando no quarto ao lado, que diferença faz para você? você faz isso no quarto ao lado e eu não falo nada!" eu apenas pensei, não falei! Educadamente saí de "casa" e foi aquele bafáfá! ... Enfim Jude, eu voltei, eles (mamãe e o senhorito lá) viajaram, e ele a tratou mal, falou um bando, puft, cabou o casamento sem a minha presença, no caso.



E estou aqui pensando, seu fiz certo em atravessar a porta de casa com a cara e a coragem, sem brigar, sem discutir, mas com os meus ideais no coração e a certeza de que eu não me abandonaria?


No fim, acho que sim. Mesmo, mesmo que algumas pessoas tenham se ferido com a minha não peculiar calma...

Eu me sinto orgulhosa Jude, de verdade.


Mirella Scarlati: Em um momento diário


No meu íntimo infinito particular...