Barulinho

quinta-feira, 13 de novembro de 2008


Será mesmo que tenho que me esconder, como se fosse uma formiga com medo da chuva?
Estou pensando, pensando, pensando... e continuo, pensando.. pensando.. pensando. Será que eu realmente tenho que aceitar que devo ver o errado e fechar os olhos?

É como um jogo no escuro, você pode cair, e não ver. Você pode não cair, e confiar na sorte.

Podem achar que tenho medo, não é questão de medo, é cautela.
Eu vou fazer o certo. Falem o que quiser.



Do meu caráter, não vai sair nada que seja conivente, a isso tudo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Eu não sou amada por todos, e, nem quero ser.
Eu sempre defendi que a nossa liberdade acaba quando interfirimos na do outro. Entretanto, e se a liberdade do outro interferir naquilo que você acha certo ou errado. E se errado prejudicar alguém? que não você. Você tomaria alguma atitude?

Imagine que você viu alguém fazendo algo errado, e isso não te afeta, mas é no mínimo uma grande falta de caratér com aquele que foi o "afetado", você contaria ao afetado ou deixaria ele simplesmente ser passado para trás?

Eu me recuso a passar a vida agradando aos outros. Me recuso a engolir o que acho certo para deixar o próximo com uma falsa consciência limpa. Porque a minha consciência vai pesar.

O tempo inteiro vemos coisas erradas, pessoas que agem errado. Tratam mal o porteiro, o garçom, o cobrador, o motorista. Isso ocorre com maior freqüência do que podemos imaginar. Além disso, as pessoas trapaceiam para o próprio bem. Em momento algum afirmo que sou uma pessoa não corrupta, sou em potencial assassina, corrupta e afins. Porém, porque eu não posso denunciar o que acho errado? Mesmo que seja a falsificação de uma nota, que seja.

Aonde entra a honestidade com o mestre que está alí nos ensinando? Será que ele tem que ser um profissional tão humilhado que não pode ao menos se defender após quase um ano de convivência sem poder dar o "troco" aos que atrapalharam?


Eu não sou uma pessoa perfeita, nem sou correta e sempre certa. Mas não é porque o mundo vai engolir toda essa sujeira, que eu também vou.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O cachorro.


E lá estava ele, deitado, estirado, mastigado, amassado, cuspido, escarrado, inojado, impuro. Parecia mais uma folha de papel, parecia algo sem contorno, sem escrúpulos por estar ali sujando a rua de toda a nossa gente que insiste em mentir orgulho de viver.



Ele era mais um objeto sem vida, ele era só resto. E atravessou meu caminho, ou melhor, algum carro atravessou o dele, antes. E tive de passar quatro vezes pelos restos do canino. Como se fosse apenas algo de pelúcia que foi esmagado.



E assim continuei passando, como todos os outros. Me perguntei no momento em que o vi, se existia ossos neste pobre coitado que a vida pôs ali. Afinal, eu só o via com a finura de uma folha de papel.




Provavelmente algum motorista passou por ele, e continuou, ou parou, ou não. Não se sabe. O fato é tão insignificante que minha vizinha que passa pelo mesmo caminho que eu, não notou. Ela também não deve ter notado a tristeza da velhinha que toda manhã passa por ali, e também não deve ter notado a labuta de quem pega o coletivo todos os dias para ir, geralmente, para onde não se quer.



Ele é tudo que não queremos ver, ele é tudo que não desejamos ter. O cachorro. Um simples cachorro, bastardo, filho de putas, de putos, filhos das putas, de bixas, padres, gente que se diz de bem, moralistas, meu filho, seu filho, nosso filho, filho da nossa pátria mãe gentil. Ele é o que não queremos ver, entretanto, é o que somos.




O cachorro é só um cadáver no meio da avenida, e nós já nascemos mortos, são poucos os que acordam e decidem nascer, para viver.

domingo, 3 de agosto de 2008

The Big Fish - Life


Chegamos em um momento crítico, chegamos no momento que hoje são lembranças para os nossos pais.



Minha mãe certa vez falou de um amigo, que morreu em um acidente de moto. E aí, um outro dia ela falou: Ah, o Duda morreu de AIDS, e o Flávio morreu de overdose. E como mais uma lembrança vagando em sua cabeça, comentou: Tive um amigo da escola técnica que se matou, ele avisou para a namorada, mas ela não acreditou, ninguém imaginava que isso ia acontecer, ele era tão alegre e alto-astral.


É nesse momento que chegamos. Chegamos no momento em que a vida atropelou tudo. Incrimento estamos sempre esperando a hora da vida começar, a hora de trabalhar, a hora de casar, a hora de ter filhos, a hora de ser rico, a hora de ser solidário. E o amanhã sempre existe, nós sempre deixamos o amanhã cuidar daquilo que preferimos adiar. Mas o contra-ponto é simples, se planejar demais, não se vive, se fizer hoje o que é para ser feito amanhã, não dá certo, não anda, não vai.


Não quero falar sobre o momento certo de encarar a vida que tanto pensávamos antes de dormir. Eu quero falar sobre as lembranças que já existem. Um menino que estudou comigo, morreu meses atrás. E quando eu soube que ele tinha falecido meu coração se apertou, não de saudade, não sou hipócrita, nunca nos falamos. Mas meu coração se apertou ao pensar, ele é o Duda da minha mãe, um amigo do meu pai, um amigo da minha avó. E a minha conclusão foi pequena e ao mesmo tempo infinita, minha vida começou desde sempre e só eu não vi.


Cometemos sempre erros, achando que amanhã teremos tempo de corrigir, mas isso não é real. A vida se vai, como se vem. Da mesma maneira que hoje você, mulher, pode engravidar, pode morrer. Da mesma maneira que se acende se apaga, e isso é tão lindo e tão sombrio. Porque mostra que está passando, que aquilo que sempre esperamos começou e ninguém nos avisou. É medonho saber que coisas que você faz hoje, pode mudar vidas, a sua vida, pode deixar saudade, rancor, ódio...


E eu fico aqui pensando, se eu morreria hoje, ou amanhã, ou quando. Fico aqui pensando se os meus filhos terão coragem de me colocar em um asilo, com uma enfermeira, se vou ter câncer, AIDS, qualquer outra coisa. E isso não é encarar com tristeza, ou pensar no pior. O medo não se faz concreto, não é isso. É apenas a visão do que pode, ou não, acontecer.


Amigos, em algum lugar sempre seremos eternos. Mas vejam que dessa nossa época, sentiremos saudades, imensas, saudades.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Antes, depois, meio. Sem fim.


A vida é como uma linha sem início e fim. Ou um ponto, ou uma vírgula. Enfim, eu não sei como porra é a vida. Porém. Vamos lá.

Se você pensar no infinito, vai ver que a primeira imagem é algo colorido, ou preto. (Baseado nos meus pensamentos.) Quando eu penso no infinito eu penso em uma espiral que nunca acaba. Quando eu penso no nada, eu penso em tudo branco, ou, tudo resumido em um ponto. Mas se o ponto é o nada, ele não pode existir. É simplesmente inadimissível o nada! Céus! Como o nada pode existir? eu não sei, eu não sei.

Agora, eu comecei a pensar como seria após a morte. Ok, sei que esse papo é mais velho que a Idade da Pedra, porém, eu não consigo me sentir calma ao imaginar que no infinito (Tudo branco, espiral, preto, colorido.) eu não vou existir mais! Entende? A agonia da vida.

A igreja acredita no céu, no inferno e no purgatório. E o espiritísmo acredita em várias dimensões e afins. E eu fico aqui pensando, seriamente, o que faria eternamente vagando por todas essas cidades interdimensionais. ETERNAMENTE!

Ontem, caí no choro. Eu pensava que não queria envelhecer, não queria conhecer o infinito, nem o nada. Sei lá o que eu queria. Sei que fico pensando, nas coisas, Matrix, física qüântica, 3D.

Eu não sei mais como reagir, e embora isso pareça cômico é um grito surdo de alguém pensando, a mesma coisa que a humanidade pensa desde SEMPRE!

Então, ao pensar na morte, pós-morte, e, afins. Penso que se o depois não existir, como alguns pensam. De que merda, serve as coisa? E Isaac Newton? E Elton John? E os Beatles? E o arrocha? (Ok, isso pode ir pro nada.) Sei lá, eu sei que o texto não está bem construído e afins. Sei que essas coisas apavoram, ou não. Sei que não possuem resposta. Sei que Freddie Mercury morreu e ele foi uma das melhores coisas que foram pro nada.

Só sei, que nada sei. E infelizmente se o depois for o nada. E não vou saber mesmo.

domingo, 22 de junho de 2008


Luíza namora o Fábio. Luíza e Fábio são felizes.

Luíza costuma sentir a tristeza dos outros, ou, a felicidade. Entretanto ao entrar em casa hoje, neste domingo, se sentiu ligeiramente mal. Era como se todas as cadeiras não pertencessem mais a ela. Na verdade nunca pertenceram, a casa é da mãe dela. Porém, Luíza se sentia triste, pois queria ter um carro e viajar. Fazia um ano que não viajava, e isso afetava seu humor, é férias e nas férias se viaja! Céus!




Então Luíza sentou no seu computador e digitou um mínimo texto, querendo que a janela agarrasse-a e a levasse para onde o menino do veleiro de cristal gostava de passear. Luíza amava Fávio, então ela olha pro lado e o vê dormindo na cama. Então ela pensa: Quem bom que Fábio também gostaria de viajar no veleiro de cristal comigo, durma bem meu amor.

terça-feira, 3 de junho de 2008


Embora seja fácil para algumas pessoas falar sobre a própria vida, não é tão comum ser fácil, falar sobre o que se é de verdade.

Eu encaro a vida da seguinte maneira: (E eu pensei nisso no ensino fundamental) Simples, somos todos fitas. E todos temos variadas cores, comprimentos e espessura. À medida que vamos desenvolvendo nossa vida vamos entralaçando nossas fitas em outras fitas. E ao resolvermos problemas antigos, tiramos um nó. E veja, que realmente a questão do nó faz muito sentido já que ao abandonar sentimentos ruins passados, a nossa fita se torna serena, e, a nossa paz interior se faz mais do que nunca presente.

Pois bem, eu venho percebendo que a minha fita começou a desenrolar. E de fato, isso deve-se à algumas pessoas. A convivência com o outro é uma fonte tão rica quanto a convivência com si mesmo. Através de situações eu pude avaliar como o meu crescimento não estagnou. Porém, nem sempre as pessoas ao nosso redor conseguem nos acompanhar. E é aí, que entra alguns intervalos abertos ou fechados (intertextualidade com matemática) em relação a alguns amigos. Estes, passam por nós que você já desenrolou... E como agir? Sabe, infelizmente eu não posso lhe responder. Até queria, mas isso faz parte do seu emaranhado de sentimentos, não estou ao alcance de lhe dizer. Mas, eu costumo dar atenção de fases em fases. Socorro quem precisa mais, peço ajuda a quem tem mais capacidade de me acudir. E não, eu nunca descarto as pessoas. Apenas as descarto quando sinto que naquele momento nossas fitas estão em panos diferentes.


Sentir pena de si mesmo, nunca foi o melhor colo. Se crucificar não é a melhor maneira. Se você perceber, as duas coisas são basicamente a mesma coisa. Olhar para dentro é difícil, nem todo mundo entende que existe uma pessoa dentro de si mesmo precisando de um espelho.

Mirella Scarlati

terça-feira, 22 de abril de 2008


Conviver com as diferenças.



Esse é um ponto importante que ando explorando. Definitivamente cheguei em um ponto em que as diferenças gritam por cada rachadura nas calçadas em que ando. Com meu passo engraçado, gracejo para todas elas, mas predo-as em minha mente. Cada um é cada um, e por mais que eu não possa me anular, tenho que aprender ao máximo respeitar que aquela menina que considero futil, é feliz como ela é, e que é assim que deve ser.


Na minha sala de aula, meu último ano, este pelo qual pretendo dar meu sangue para ser o melhor possível, existe uma divisão. Assim como o lado direito, existe o lado esquerdo. E eles são a antiga sala A. Existem coisas que me irritam, manias, comentários, jeitos. Mas eu comecei a enxergar que a beleza de se conviver é isso, é observar que nem toda atmosfera é feita daquilo que se gosta, que do nosso lado podem existir papos idiotas e papos sérios. Uma menina fala de um namorado, uma menina fala de física quântica, e porque eu, deveria criticar?


A questão é que eu passei muito tempo da minha vida julgando todo esse pessoal. Num sei quem é burro, num sei quem é futil, num sei quem é puta, num sei quem não presta. Porém, dentro do meu querido mundo de Deus, onde eu sou lei máxima, esqueci que cada olhinho daquele que estava ali, focando a visão no mesmo lugar que eu, também tinha sentimento. Esqueci que muita gente ali ri para não chorar, e chora para fingir que não tá nem aí. Esqueci-me como eles também ouvem gritos, brigas, que como eu, eles também querem esquecer de coisas do passado.


Esqueci que cada pessoa é uma fortaleza, um mundo, um céu e uma terra pronta para uma colheita. Que cada coração é um potinho de terra pronto para uma nova semente.


Eu estava ali, sempre julgando, torcendo meu nariz, me protegendo na base de superior, e, hoje eu vejo que cada coração ali, pelo menos, já chorou boas vezes e já quis afogar a cara no travesseiro... assim como eu.



Sabe, existem coisas que não vou engulir. Preconceito, desrespeito, traição. São coisas que eu não vou aturar, nem comigo nem com os outros. Não sou o tipo de pessoa que esquece dos outros. Entretanto, hoje.. eu sei que você que está aí, é você. E que eu, vou continuar sendo eu. Mas que nós podemos sim, nos respeitar por aquilo que somos. Embora o mundo não possa só gostar de rock, ter idéias revolucionárias, tomar vitamina de abacate e comer comida de qualidade todo dia, ele vai continuar sendo um lugar fascinante, por ser diferente de tudo isso.


Mirella Scarlati




OBS: Can read my mind?

[texto feito ao som dessa música, apenas dela]

quinta-feira, 20 de março de 2008


Amo.



Sim, amo.




Depois de tantos olhares, nervosismo durante a espera. Beijos intermináveis, e abraços carinhosos e verdadeiros. Cheguei à uma conclusão: amo.


Quando seus dedos trêmulos tocaram meu ventre pela primeira vez, eu me perguntava se era certo, harmonizar dois corpos que mal se conheciam em um único arco. Mesmo sem jeito, ele tocava-me terno, intenso e verdadeiro. Era como balbuciar calmamente um "olá, como vai?". E assim, prosseguimos, sem nem mesmo saber, se era uma quimera ou terra firme. Sei que quando aquele breve reconhecimento de area acabou, me sentia diferente. Nossos olhos se fitaram por longos e longos minutos, era enfim o novo caminho que eu deveria percorrer.

Desde este dia, em que ele sussurrou baixinho que deveria eu ser sua amada, que meus olhos sorriem, enquanto minha boca se perde entre os lábios dele. Meu coração palpita agitado, e nossas mãos dançam, trêmulas ou seguras sobre corpos já conhecidos.

Mas, não é só nesses momentos que meus olhos transparecem a alegria que me invade o coração. É com carinho que eles sorriem quando ele imita cantores, crianças, filmes, cita frases, filósofos, rouba a comida do meu prato, me suja, me lambuza, ri.
Eu me perco em seus risos, é como se cada segundo de sua risada fosse capaz de me fazer experimentar uma banheira cheia de espuma, quente, confortando um corpo cansado, que encontra-se novo para um novo rumo.

Amo. Eu amo, o amo.

Em meio a amigos, sabemos nos comportar, e tudo que é só do nosso mundo particular, é sussurrado em um abraço e outro. E ele me orgulha tanto, é sempre tão alegre e cordial. Meu coração ciumento, até se embaraça se por outra ele apenas chama e conversa normalmente. Meu coração tolo, de tão tolo e possessivo, até se irrita, se ele por amizade apenas, abraça outra garota que não eu. Mas mesmo assim, este tolo coração se contrae e exprime um sorriso, vindo com a razão de meu cérebro tão ágil, que para que eu não possa perdê-lo, nem por um segundo, sorri.


Ah, eu amo, amo amo amo amo; Céus!

Amo seu cheiro, seu beijo, seu abraço, seu afago, seu riso, o brilho dos teus olhos. Ah, meu amor, se soubesses qüão imenso é este sentimento que aqui sempre te esperas...


Ah meu amor, espero apenas que saibas...





Mirella Scarlati

sábado, 15 de março de 2008


Click.



Me encontro agora, pensativa. O que me leva a estar assim de ombros baixos e boca seca é simples. É o pensamento que todos têm ao se perguntar porque estão vivos. Se somos superiores ou não à graminha de lá do jardim. Se realmente "dominamos" o mundo. Se realmente existe um final.


No livro "O Guia do Mochileiro das Galáxias" os ratos são os verdadeiros "donos" da Terra. Sim, a terra foi feita sob encomenda. E nós, somos experiências. Interessante, não? Pois é. Então, não mais aguentando guardar essa idéia em mim, há anos tentando escondê-la do meu subconsciente eu pensei: Meu Deus! E se formos um grande aquário?


Não me chame de louca, a princípio a idéia parece realmente uma grande divagação sem nenhum fundamento lógico. Ainda mais, como aquário se não estamos dentro d'água? Porém, observe por
um lado. Os peixes, estão lá, vivendo todos felizes em seus glubs glubs. Se alimentando, flutuando na água. Quem disse a eles, ou, quem disse que eles pensam que existe uma vida que "comanda" ? Ou você realmente acha que eles estão se importando com a inflação, queda do dolar, PIB e afins? NÃO! Céus, pra eles, o mundo deles está lá. Claro e simples! Não é fantástico?


E se formos nós, o aquário de algum menino cuidadoso? de um restaurante? E estamos em algum livro de "biologia" da "outra dimensão" ? E lá diz: "estranhamente, em cada 4 anos, eles elegem um novo líder para cada formigueiro. Se os operários concordarem, o líder anterior pode ser eleito de novo. Entram em conflitos em determinadas regiões. São egoístas. Assim como açúcar, vivem por um alimento chamado dinheiro.


Já parou pra pensar? Pois é, a princípio, parece uma loucura.


Mas quem garante que tudo não é assim?


Mirella Scarlati.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.



___ Ouvir, críticas, ou, o que acham de você, principalmente quando perguntas algo, pode não ser algo agradável aos ouvidos. Certa vez, ao falar que precisava me informar mais sobre as coisas do dia à dia, como acidentes, política, baixa do dolar, invasão do MST, responderam imediatamente que eu realmente precisava. E aquilo me assustou, afinal, é aquelas coisas que se diz por desdém e quando acha que é realmente verdade, não lhe causa uma boa surpresa. Logo após horas de reflexão, aquilo não me saia do pensando, então, decidi perguntar à minha mãe, com esperança que ela discordasse da pessoa que disse que eu, vivia no meu mundinho particular. Porém, ela concordou. Dando adendos de que eu sou egocêntrica, que eu reclamo de coisas que eu também faço, digamos, resumindo, hipócrita.

""egocêntrico", descobrimos que "ego" vem do latim e significa "eu"; "egocêntrico", portanto, significa aquele que centraliza tudo no eu, ou melhor, em si mesmo.


rÁ! esta é a definição de egocêntrico, que segundo minha cara mamãe, que pediu para que eu não ficasse com raiva pois era apenas um comentário (não evitando a minha raiva), me chamou de egocêntrica.


___ Mas, ainda sim, não consigo achar que ela favoreceu o lado dela no exemplo que deu. Não sei, as mães possuem o terrível vício de se colocar acima do bem e do mal quando a situação significa educar os filhos.


Então, será que eu vivo no meu mundinho particular, sendo hipócrita e afins?





Eu não gosto de Jornal Nacional, desculpa odeio a imprensa tendenciosa.



Mirella Scarlati.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008


Oi


Os dias, estão sendo maravilhosos, perfeitos, divinos. Diria eu, digo, na verdade, que nunca tive dias tão perfeitos com alguém tão perto de mim, e isso me faz feliz, ao extremo.

... porém, algo me deixa meio inquieta no final da noite ...


Acho, que existe uma deficiência no meu relacionamento, não com ele, com a minha mãe. Já sentiram como se houvesse um abismo imenso entre vocês? como se ela deixasse de ser o seu porto seguro? você começou a caminhar sozinho. Ela não te trata mais como a criança pequenina, como a adolescente em crise, você virou um adulto, dono das suas opiniões, e agora, pode escutar as dela e ter de lidar, com uma única diferença, ela lida de igual pra igual, mas você nunca pode julgá-la de igual pra igual.


Eu não tenho síndrome de Peter Pan, eu sei que chegou a hora de encarar, de lidar com a distância de alguns amigos, e de lidar com a naturalidade que a vida leva as pessoas para outros caminhos, eu estou lutando para conseguir encarar numa boa, transformar o momento difícil para uma coisa mais fácil de se tratar...


Mas confesso, que essa coisa de igual pra igual com a pessoa que eu mais amo na minha vida, não vem sendo a melhor coisa, agora, na minha opinião por uma prepotência, por eu ver os erros dela, mamãe anda se defendendo... e eu estou aqui pensando, sériamente, se estou errando em algum lugar nessa história toda. Às vezes eu queria ir dormir com ela como eu fazia antigamente, como eu achava comum porque só perto dela eu me sentia segura...

mas eu olho pra porta ao lado do meu quarto e sei, que eu tenho de estar pronta, pro novo caminho que eu vou traçar com o apoio dela, mas sozinha.



iluminados são aqueles que esquecem, não notam, eu não consigo não notar, tudo isso...


Mirella Scarlati [Em um momento diário novamente]

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008


Hey Jude...


Enfim, enfim, final de ano (Não, pra mim ainda não é um ano novo, já que, as aulas não começaram)!


Bem, Pois bem, estamos cá de novo! Vivendo, levando, olhando, andando, seguindo... e todos os verbos conjugados de tal maneira indicando alguma ação que seja compatível com a situação.

Mas eu me pergunto, Jude, será que de alguma maneira, quando não cedemos estamos prejudicando o próximo? Fico pensando, se é certo. Jude, por favor, não me venha com o meio-termo, ele não se encaixa nessa discussão e você sabe. Eu estou lhe dizendo das horas que se faz necessário dar uns berro, gritar mesmo, levantar a mão e falar "sou mais eu" e tudo mais e tudo mais... Esses dias eu fiz algo do tipo, eu levantei, dei uns berro, falei que eu mais eu, e que não abria mão, do que eu pensava, do que eu achava, do que eu era. Talvez, o meu amor próprio tenha ferido o amor próprio de outra pessoa, e acho que "acabei" com uma relação. Por não ceder algo, na verdade, não ceder espaço à uma pessoa que não tinha nem 2 meses na minha vida "efetivamente", o "marido" da minha mãe. Jude, ele não concorda que amigos homens durmam na minha casa, ok, amigos gays. Porém Jude, eu pensei.. "Mas pra que raios você tem que concordar ou não? não sou tua filha, se eu estou transando no quarto ao lado, que diferença faz para você? você faz isso no quarto ao lado e eu não falo nada!" eu apenas pensei, não falei! Educadamente saí de "casa" e foi aquele bafáfá! ... Enfim Jude, eu voltei, eles (mamãe e o senhorito lá) viajaram, e ele a tratou mal, falou um bando, puft, cabou o casamento sem a minha presença, no caso.



E estou aqui pensando, seu fiz certo em atravessar a porta de casa com a cara e a coragem, sem brigar, sem discutir, mas com os meus ideais no coração e a certeza de que eu não me abandonaria?


No fim, acho que sim. Mesmo, mesmo que algumas pessoas tenham se ferido com a minha não peculiar calma...

Eu me sinto orgulhosa Jude, de verdade.


Mirella Scarlati: Em um momento diário


No meu íntimo infinito particular...