Barulinho

quinta-feira, 20 de março de 2008


Amo.



Sim, amo.




Depois de tantos olhares, nervosismo durante a espera. Beijos intermináveis, e abraços carinhosos e verdadeiros. Cheguei à uma conclusão: amo.


Quando seus dedos trêmulos tocaram meu ventre pela primeira vez, eu me perguntava se era certo, harmonizar dois corpos que mal se conheciam em um único arco. Mesmo sem jeito, ele tocava-me terno, intenso e verdadeiro. Era como balbuciar calmamente um "olá, como vai?". E assim, prosseguimos, sem nem mesmo saber, se era uma quimera ou terra firme. Sei que quando aquele breve reconhecimento de area acabou, me sentia diferente. Nossos olhos se fitaram por longos e longos minutos, era enfim o novo caminho que eu deveria percorrer.

Desde este dia, em que ele sussurrou baixinho que deveria eu ser sua amada, que meus olhos sorriem, enquanto minha boca se perde entre os lábios dele. Meu coração palpita agitado, e nossas mãos dançam, trêmulas ou seguras sobre corpos já conhecidos.

Mas, não é só nesses momentos que meus olhos transparecem a alegria que me invade o coração. É com carinho que eles sorriem quando ele imita cantores, crianças, filmes, cita frases, filósofos, rouba a comida do meu prato, me suja, me lambuza, ri.
Eu me perco em seus risos, é como se cada segundo de sua risada fosse capaz de me fazer experimentar uma banheira cheia de espuma, quente, confortando um corpo cansado, que encontra-se novo para um novo rumo.

Amo. Eu amo, o amo.

Em meio a amigos, sabemos nos comportar, e tudo que é só do nosso mundo particular, é sussurrado em um abraço e outro. E ele me orgulha tanto, é sempre tão alegre e cordial. Meu coração ciumento, até se embaraça se por outra ele apenas chama e conversa normalmente. Meu coração tolo, de tão tolo e possessivo, até se irrita, se ele por amizade apenas, abraça outra garota que não eu. Mas mesmo assim, este tolo coração se contrae e exprime um sorriso, vindo com a razão de meu cérebro tão ágil, que para que eu não possa perdê-lo, nem por um segundo, sorri.


Ah, eu amo, amo amo amo amo; Céus!

Amo seu cheiro, seu beijo, seu abraço, seu afago, seu riso, o brilho dos teus olhos. Ah, meu amor, se soubesses qüão imenso é este sentimento que aqui sempre te esperas...


Ah meu amor, espero apenas que saibas...





Mirella Scarlati

sábado, 15 de março de 2008


Click.



Me encontro agora, pensativa. O que me leva a estar assim de ombros baixos e boca seca é simples. É o pensamento que todos têm ao se perguntar porque estão vivos. Se somos superiores ou não à graminha de lá do jardim. Se realmente "dominamos" o mundo. Se realmente existe um final.


No livro "O Guia do Mochileiro das Galáxias" os ratos são os verdadeiros "donos" da Terra. Sim, a terra foi feita sob encomenda. E nós, somos experiências. Interessante, não? Pois é. Então, não mais aguentando guardar essa idéia em mim, há anos tentando escondê-la do meu subconsciente eu pensei: Meu Deus! E se formos um grande aquário?


Não me chame de louca, a princípio a idéia parece realmente uma grande divagação sem nenhum fundamento lógico. Ainda mais, como aquário se não estamos dentro d'água? Porém, observe por
um lado. Os peixes, estão lá, vivendo todos felizes em seus glubs glubs. Se alimentando, flutuando na água. Quem disse a eles, ou, quem disse que eles pensam que existe uma vida que "comanda" ? Ou você realmente acha que eles estão se importando com a inflação, queda do dolar, PIB e afins? NÃO! Céus, pra eles, o mundo deles está lá. Claro e simples! Não é fantástico?


E se formos nós, o aquário de algum menino cuidadoso? de um restaurante? E estamos em algum livro de "biologia" da "outra dimensão" ? E lá diz: "estranhamente, em cada 4 anos, eles elegem um novo líder para cada formigueiro. Se os operários concordarem, o líder anterior pode ser eleito de novo. Entram em conflitos em determinadas regiões. São egoístas. Assim como açúcar, vivem por um alimento chamado dinheiro.


Já parou pra pensar? Pois é, a princípio, parece uma loucura.


Mas quem garante que tudo não é assim?


Mirella Scarlati.