Barulinho

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010


É incrivel como temos medo de sermos felizes. É só estarmos em um momento de paz e alegria que o nosso coração começa a desconfiar, afinal, ser feliz assim, deve ser para poucos, não para nós. Me pergunto, que razão existe, então de procurarmos tanto algo que quando encontramos afastamos de nós? Queremos sempe a felicidade, mas quando ela chega a nós, o medo de vivê-la é tanto, que simplesmente, a afastamos com pensamentos de que é "esmola" demais.

Ser feliz, não é ser sempre alegre, ser feliz é ser capaz de chorar, rir, brigar, dançar, cair e levantar. Ser feliz não é apenas se sentir preenchido, é se sentir vazio e buscar o recheio que falta. Isso é ser feliz. Ser feliz é definitivamente, viver.

Demoramos muito tempo para observar que não é só a paz que nos traz felicidade. A tristeza também, os altos e baixos da vida. Porque não há felicidade se não há sensação, e não há noção de alegria e amor, se não soubermos o que é dor, escuro. Já via Platão que para aquele que só enxerga o fundo da caverna, não existe nenhum outro mundo ao seu redor, porém notamos que aquele que saiu da caverna, conhece os dois mundos, ou os enumeros que nos cercam.

Isso é ser feliz. Feliz é viver, definitivamente, sem medo de rir ou chorar. E não dá para continuar vivendo sorrindo com medo de chorar, temos de saber que assim como a morte, é inevitável um pouco de tristeza.

Sei que o texto está se tornando auto-ajuda, levante de manhã e sorria, diga oi ao sol, não deseje mal ao próximo. Porém, esta não é a intenção. Odiando ou não algumas criaturas estranhas desta nossa Terra, simplesmente se permita viver, amando ou odiando e com muito gerundio, porque viver é também esquecer um acentou ou simplesmente usar muito o gerundio.

Só acho de suma importância, que notemos, que buscamos tanto a felicidade com medo que ela se vá, que quando ela chega, temos tanto medo de vivê-la que a afastamos antes de mesmo de aproveitá-la, e aí, meu caro, não vivemos, e não viver, é não ser feliz.

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