Barulinho

quarta-feira, 28 de novembro de 2007


"... Não, eu não gosto de crescer, meus amigos tomam outros rumos e isso me faz sofrer"

A Baranga entrou nas nossas vidas (Eu, Igor, Thayanne, Guilherme, Bolinho e afins. Apenas coloquei aqui quem foi deixá-la na rodoviária) de uma forma estranha. Pois bem, uma menininha com corpo de mulher que simplesmentou chegou conversando com todos e sendo a melhor aluna da nossa sala isolada. Como ela, uma garota de 3 à 2 anos de idade a menos que todos nós, consegue ser a melhor aluna? Nós, os alunos da frente à esquerda, que tem amizade com professores, diretores e não sai da sala no intervalo porque prefere ficar rindo e conversando dentro de sala. Enfim, sim, ela conseguiu. Mas não foi a coisa mais fácil de fazer, eu e Thayanne dificultamos MUITO, pois Amanda, andava com o nosso grupo rival da frente no lado direito, é, o pessoal que no passado, foi amigo, próximo, mas por erros infantis que alunos do ensino médio cometem, passaram a não ser. E eu, Mirella, sou a grande responsável por essa separação. A briga se deu no meu nome, e por fim, estava lá, a Baranga... em meio a eles, fazendo o jogo duplo e contando tudo o que falava pra eles e começando a nos contar as coisas que eles, o grupinho da direita, falava.
O que Amanda não sabia, é que o pessoal do outro lado, tinham sido meus melhores amigos, e eu e Thayanne rivais num passado próximo. E enfim, um belo dia, um deles, quis conversar comigo. Descobrimos tudo, e foi uma confusão. Parecia a parte baixa do RJ na novela da globo, mas o que não sabíamos, é que Amanda começara a se torna nossa amiga de verdade um pouco antes do tal barraco. Cláudia (É, Claudia Amanda) chorava feito uma criança pedindo desculpas, e eu, já que o antigo problema era no meu nome, continuava no meu nome e Thayanne ao meu lado com Guilherme, não consigui sentir raiva. E a partir da briga escondida numa sala sem uso, do nosso querido colégio, ela se tornou minha amiga. Não foi fácil, afinal, Amanda com seus 15 anos no auge da sua infantilidade e eu, no auge da minha falta de paciência e tristeza, não era uma boa coleguinha, mais parecia sua mãe, que brigava, recriminava, e quando a vida lhe dava uma rasteira, acolhia no colo. Thayanne seguiu o mesmo ritmo que nós, só discordando no principal motivo dela ter se aproximado da gente, Igor.
Igor se apaixonou pela nossa caçula, mas, ela não se apaixonou por ele, ficou e de certa forma, foi extremamente sacana com ele. E aí, o nosso grupinho meteu o pau na baranga, afinal... O Igor é nosso companheiro há 4 anos. E digamos, ex-rolo meu, o que fez ela sentir muito ciumes da nossa relação. Eles ficaram, terminaram, e um dia, meses depois... Amanda viu que gostava do Igor, ela lutou por ele (Nosso galã se encontrava apaixonado por outra) lutou, contou com a força do grupo e conseguiu, é um namoro. E aí, nosso grupo continuou junto, almoçando quase todos os dias em meio à risadas, e ali, com o nosso único casal no meio... Baranguinha, nos ajudando em muitas coisas... PORÉM, o que a Baranga me fez admirar nela... foi a força de vontade. Uma garota, que sofre tanto em sua causa por "maus-tratos" digamos assim, deve buscar a felicidade. Ela nunca se deixou perder, estava sempre ali.. e hoje, por essa mesma situação que acabo de descrever, a baranga.. (Essa, que mando se ferrar a coesão e quero citar o nome dela em todas as frases) foi embora, voltou pra Recife, e deixou um namorado que continua namorado de coração partido, 5 pessoas chorando loucamente numa rodoviária, e vários corações apertados esperando o carnaval pra irmos visitá-la.

Eu, que considerava que tinha duas melhores amigas, a Ju e a Thay, errei no meu conceito, hoje Amanda me fez perceber que eu tenho 3. A Ju, a Thay e a Baranga.

[Não vou revisar o texto em caso de erros, obrigada]

Mirella Scarlati

quinta-feira, 15 de novembro de 2007


Mirella se encontrava ali, ali, parada, pensando, refletindo... ora tomando a coca-cola sem gás que sobrara do almoço, ora rindo das coisas que Juliana dizia no msn. Ouvia Caetano cantando sampa, imaginando como seria se no sábado não houvesse a tal feira de física, e se já estivesse passada de ano na sua humilde escola. A senhorita Scarlati, possui medos, mas falar que todos também compartilham de tal, não diminui a angustia estampada no arfar de sua respiração. Mirella estava ali, viva, viva em todos os seus sentidos. Mirella é capaz de tudo, é capaz de sentir uma felicidade quase que materializada ao tocar cereais em grandes sacos, como Amelie Poulain faria, Mirella, é capaz de amar. Capaz de ir até o fim, de sentir, de lutar, de conseguir. Mirella, ao contrário de muita gente com oportunidade ou sem oportunidade de ser feliz, tem tudo em mãos, tudo. A senhorita Scarlati olha para dentro de si, e então, pronuncia... qualquer coisa, qualquer coisa que abre os seus olhos, e a faz rir do tempo que perdera todos esses milhares de dias, lamentando algo que nunca existiu, lamentando uma dor que não é familiar. Ela toma mais um gole da sua coca, e então decide dormir em paz com o mundo, com o mundo dela.


Mirella Scarlati

domingo, 11 de novembro de 2007

Sabe, eu não sei se um de vocês já se decepcionou com as grandes referências de vida: nossos pais. O fato meu caro, é que eu me decepcionei. Sim, me decepcionei. Vou contar, pra alguma alma viva que tenha vontade de ler este blog, hoje jogado às traças, a minha história.

Eu sempre coloquei nas costas da minha mãe, o peso de ser uma mãe perfeita. Inclusive, os problemas comuns enfrentados pelas minhas amigas, nunca foi algo que me atingiu. Ninguém nunca me proibio, brigou, impos ou deixou de ouvir o que eu tinha pra falar. Mas, eu deixei de ser o centro das atenções. Enfim, resumindo, minha mãe se casar. E bem, isso trouxe conseqüências, situações e afins. Hoje, agora, nesse momento, não é ciumes. Mamãe, começou a cuidar da vida dela, inflando seu ego achando que nós, o resto da família, não é capaz de viver sem ela.
Me sinto triste, triste mesmo. Por ver como as coisas acontecem, as situações.


Eu já não sei o que dizer, o que pensar. Mas eu me decepcionei. Hoje, de novo.
O erro é meu, por achar que mãe não é humana. O erro é meu, o egoísmo é meu. E agora a tristeza que me invada após um dos maiores feitos que já realizei, também, é minha.